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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Relato de Experiência - Um olhar de quem teve fora e agora está dentro do Pifercussão -Por Dácles Silva



Pifercussão... dá pra imaginar que em plena capital paraibana há um projeto que ensine pessoas – independente das situações cotidianas que vivam – adentrar no universo de Bandas de Pífano (tão comuns em regiões agrícolas dos interiores do Nordeste) e sua extraordinária natureza de identidade cultural? Pois é... nunca imaginei isso... talvez pela minha desinformação a alguns movimentos culturais dessa mini-metrópole.

Depois de algumas outras situações um tanto curiosas, decidi que me interessaria mais pelo pífano. Bem, tive a sorte de ter um amigo que conhecia o projeto, e que me esclareceu algumas dúvidas quanto ao mesmo... depois de escutar que o projeto era gratuito, fiquei com uma vaga impressão de “é... mas ainda prefiro pagar... quando a esmola é pouca o santo desconfia”. Essa é a impressão que acredito as pessoas terem ao escutarem tal afirmativa de gratuidade por um serviço (aula) que geralmente é pago.

[No entanto, é um grande equívoco!]

Bem, fiquei meio desconfiado, mas acredito que o tédio das férias da universidade me ajudou a ir à busca do projeto. Para minha surpresa, fui muito bem recepcionado, tendo inclusive, sido atentado a tirar alguns sons do instrumento que eu nem sabia pra onde ia! E acho que essa é a grande sacada do projeto: trazer junto ao recém-chegado a sensação de desafio ao tocar um instrumento simples, mas que logo em seguida, te faz vê certa complexidade que se imbui em sua postura de tocar, nas notas executadas e na tonalidade executante.

[Depois disso, minha visão mudou... e como mudou!

E o que dizer da transformação sócio-cultural que tal projeto está proposto a realizar? Sim. Essa é uma questão pertinente, passível de análises mais profundas. No entanto, deixo minha impressão: sem pieguice, o impacto de tal perspectiva na vida de pessoas em situação de risco social pode ser crucial ao desenvolvimento de uma consciência mais firme quanto ao papel de cada um na sociedade. Falo de papel, porque a falta de perspectiva entre pessoas nessa situação é extremamente acentuada – principalmente os jovens –, dificultando a luz de uma vida de trabalho e conquistas. E isso, o Pifercussão incita, que “sem esforço, não há recompensa”.

Dacles Silva


Estudante de Arquivologia-UEPB e freqüentador das aulas do Pifercussão

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

NOSSO 1ºGRANDE EVENTO!!!!!!!!ENCONTRO DOS PIFEIROS COM AS CRIANÇAS!!!


"Fazendo música e exercendo a cultura do som dos pífanos e percussão". Essa é a máxima utilizada pelo Projeto Pifercussão, que sediará nos dias 20 e 21 de Agosto de 2010 o primeiro encontro do gênero, abordando a natureza das bandas de pífanos e seus mestres, entre eles: Tio Sêlo e Zeca do Pífano. Tal evento buscará maior interação entre alunos, mestres e espectadores, arriscando-se a provocar uma dinâmica troca de saberes.


Data: 20 e 21 de Agosto de 2010;
Local: Teatro Ednaldo do Egypto - Rua Maria Rosa, 284 - Manaíra;
Valor da entrada: Gratuito;
Faixa etária: Todas as idades.
Maiores informações: http://www.pifercussao.blogspot.com/
ou 8827-7740 (Falar com Heráclito)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Seja um multiplicador do Pifercussão!!!!! VEJA QUEM ESTÁ SE TORNANDO!

Rodrigo Nóbrega


Alecssandro Barbosa



Edson Souza



Estamos capacitando e formando pessoas para o trabalho de monitor Representante do Pifercussão na prefeitura de João Pessoa -PB (FUNJOPE) ,os salários são de 35r$ hora aula 6 horas por semana.

a formação acontecerá no teatro edinaldo do egipto nos horários

 SEGUNDAS E QUARTAS :9:00 as 11 e 14 as 17

VEJA O EDITAL DA PREFEITURA NESSE LINK

INTERESSADOS DEIXAR E-MAIL E TELEFONE
QUALQUER DUVIDA ADD NO MSN heraclitodornelles@hotmail.com
ou 83-8827-7740

Breve ensaio etnomusicologico sobre os Pifanos Nordestinos - Concepções da minha bimusicalidade adquirida nas pesquisas

De fato os estudos em dissertações e livros mostram uma realidade na execução dos pifanos,a 3ªneutra está presente não sei se nos pifanos ou na forma que os pifeiros tocam,mas acima de tudo isso está o sotaque e a linguagem grupo a grupo,pifeiro a pifeiro que esta sim deve ser analisada,claro que isso é um trabalho infinito,tendo em vista analisar cada caso e suas complexidades extra musicais(sociais,culturais,psicológicas),creio que devemos olhar na perspectiva de não generalisar assim como realizou o belíssimo estudo do etnomusicólogo Hugo Pordeus Dutra Pires entitulado "A malicia do Pife", relatando um  minuncioso processo investigativo sobre os pifanos de Seu Biu e Seu João do Pifano de Caruarú-PE e do músico e pesquisador Egildo Vieira.Vale a pena pensar em uma pesquisa etnomusicologica mais específica assim como o pesquisador fez do que falar generalizadamente que os pifanos nordestinos possuem a  terça neutra em todo caso.

Na minha vivência neste universo, percebi que cada caso é um caso, de toda forma é caracteristica geral em minhas pesquisas a 7ª menor e terminações da musicas e frases  nos 1º,3º e 5º graus da escala do pife, seja ele qual for, afinado em escala temperada ou nativa,digo isso tendo em vista possuir pifanos oficiais que me foram presenteados pelos mestres Raimundo Aniceto (CRATO-CE) e Zeca do Pifano (SUMÉ-PB).Termino aqui deixando um gostinho de uma pesquisa mais aprofundada sobre as questões levantadas.

palavras chave:
 pifanos, terça neutra,etnomusicologia,escala nordestina,bimusicalidade,etno,afinação,escala,pesquisa de campo,nordeste,paraiba,ceará,hugo pordeus,abet anpomm,abem pb educação musical UFPB universidade federal UFBA UFRJ etc.